segunda-feira, 27 de abril de 2009

25 de Abril... 35 anos depois

Desde o dia 24 de Abril está patente na Biblioteca Municipal Miguel Torga uma exposição bibliográfica sobre o 25 de Abril.

Esta exposição é constituída por uma mostra de livros proibidos durante o regime fascista em Portugal e de recortes de jornais, sobretudo do Jornal A Comarca de Arganil, alusivos à Revolução dos Cravos. A exposição é complementada com um cesto de sugestões de leitura relacionados com a temática.

“O regime fascista português foi um regime de anti-cultura. A proibição dos livros, as apreensões, as destruições por meios mecânicos e pelo fogo purificante, são aspectos característicos de um regime político de opressão, de perseguição, de terror policial, de obscurantismo cultural.”[1]

O 25 de Abril constitui um marco histórico para Portugal e para o seu povo. “A liberdade de pensamento e de expressão é a principal herança do 25 de Abril. Nelas se fundam todas as outras liberdades que fazem uma democracia.”[2]

35 anos depois da Revolução importa assinalar a data e recordar o que conduziu à Revolução e que mudanças trouxe ela para a sociedade portuguesa.

Até dia 31 de Maio visite a Biblioteca e reaviva a memória sobre esta importante e histórica data!


[1] Comissão do Livro negro sobre o regime fascista - Livros proibidos no regime fascista. Lisboa: Presidência do Conselho de Ministros, 1981
[2] Revista Visão nº 842 (23.04.2009)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Celebração do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

Livros ao Café

Entre o dia 23 e 30 de Abril decorre em Arganil, no âmbito das Comemorações do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de autor, a 4ª edição do projecto “Livros ao café”, promovida pela Biblioteca Municipal Miguel Torga.

Durante 8 dias os livros andam à solta, à espera que alguém os leve para novas paragens!

Em vários cafés da vila haverá um cantinho de livros à sua espera. Visite o Café Eduardus, a Pastelaria Lido, o Café Argus ou o Café Teatro, traga um livro que já leu de casa e troque-o por um outro que gostaria de ler.

Partilhe a sua experiência de leitura! Inscreva no livro que liberta, uma frase sobre o livro e a leitura.

Leituras com asas

Arrancou hoje o projecto “Leitura com Asas” que tem como principais objectivos a divulgação do fundo documental da biblioteca e a captação de mais leitores.

No Centro de Saúde, no Cartório Notarial, no salão de cabeleireiros Avenida, na Repartição das Finanças foi colocado um pequeno expositor que contém folhetos com sinopses de livros e marcadores. Enquanto aguardam pela sua vez as pessoas podem ler e levar os folhetos e caso as nossas sugestões de leitura despertem interesse, fica o convite para que venham à Biblioteca Municipal requisitar a obra em questão para a leitura na íntegra.

Livros & Livrarias

É uma acção de divulgação dos espaços de venda de livros na vila, levando o público a conhecer melhor estes lugares.

Entre o dia 23 e 30 de Abril visite a Comarca de Arganil ou o Jornal de Arganil e compre um livro para celebrar o Dia Mundial do Livro.


Celebre esta data e participe nas actividades que preparamos para si!

Boas Leituras

terça-feira, 21 de abril de 2009

Biblioteca Digital Mundial

A partir de hoje, dia 21 de Março, está disponível na Internet a Biblioteca Digital Mundial.
Bibliotecas e arquivos de todo o mundo uniram-se num projecto de partilha de documentos incluindo livros, manuscritos, mapas, filmes e gravações. Os objectivos da Biblioteca Digital Mundial são:

- Promover a compreensão e consciencialização das diferentes culturas existentes no mundo;
- Disponibilizar conteúdos para educadores e professores;
- Difundir informação não ocidental na Internet;
- Disponibilizar uma ferramenta de pesquisa rica e abrangente.

Esta base de dados está acessível online e o acesso aos conteúdos é gratuito. A Biblioteca Digital Mundial está disponível em Árabe, Chinês, Francês, Inglês, Português e Russo.

Para saber mais sobre este assunto clique aqui!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Centenário do Nascimento de Joaquim Soeiro Pereira Gomes



Centenário do Nascimento
Joaquim Soeiro Pereira Gomes
1909-1949




Foi há 100 anos atrás, no dia 14 de Abril de 1909 que nasceu Joaquim Soeiro Pereira Gomes, autor do livro “Esteiros”, considerada uma das obras mais paradigmáticas do neo-realismo português.

Natural de Gestacô, Baião, tirou o curso de regente agrícola na Escola Agrícola de Coimbra e após uma breve passagem por África, fixou-se em Alhandra onde trabalhou como empregado de escritório na Fábrica de Cimentos Tejo. Contactou de perto com os operários e envolveu-se em diversas actividades de dinamização cultural e desportiva junto do operariado.

Militante Comunista, Soeiro Pereira Gomes desempenhou cargos de dirigente no PCP. Procurado pela PIDE, foi forçado a viver na clandestinidade durante vários anos.

Faleceu em 1949, vítima de Tuberculose.

Soeiro Pereira Gomes publicou em vida o romance Esteiros (1941) e colaborou no semanário “O Diabo”, postumamente foram publicados “Contos Vermelhos” (1950) e “Engrenagem” (1951).




terça-feira, 14 de abril de 2009

As loucuras de Brooklyn de Paul Auster



As Loucuras de Brooklyn
Paul Auster
Porto: Asa, 2006





Tendo como pano de fundo as polémicas eleições americanas de 2000, As Loucuras de Brooklyn conta-nos a história de Nathan e do seu sobrinho Tom.
Divorciado e afastado da sua única filha, Nathan ao saber que vai morrer, regressa a Brooklyn, bairro da sua infância, à procura de solidão e do anonimato.
“(…) estava quase a bater à porta dos sessenta e não sabia quanto tempo é que me restava. Talvez mais vinte anos, talvez não mais que uns quatro meses. Fossem quais fossem os prognósticos médicos acerca do meu estado de saúde, a questão crucial era não contar rigorosamente com coisa nenhuma. Já que estava vivo, tinha de encontrar uma maneira de começar a viver de novo (…)”
Por seu lado, o atormentado Tom, está a fugir da sua, em tempos promissora carreira académica e da vida em geral.
“Ninguém cresce a pensar que o seu destino é tornar-se motorista de táxi, mas, no caso de Tom, esse trabalho funcionara como uma forma de penitência particularmente penosa (…) a história do doutoramento nunca lhe parecera nada do outro mundo, mas ao fim de três anos de uma luta insana para escrever a sua dissertação, Tom acabou por compreender que lhe faltavam as forças para levar a bom porto tal tarefa.(...)”
Acidentalmente, ambos acabam a viver no mesmo subúrbio de Brooklyn, e juntos descobrem uma comunidade que pulsa de vida e oferece uma súbita e imprevisível possibilidade de redenção.
Reencontros e desencontros com familiares variados e aventuras que envolvem assassinos e assassinados, casamentos e funerais, quase nos conseguem fazer esquecer que Nathan vive os seus últimos dias e que pode não ter tempo de terminar o projecto anunciado nas primeiras páginas do livro.
“(…) Ainda que se tratasse de um projecto humilde, decidi dar-lhe um título espaventoso (…). Chamei-lhe O livro da Loucura Humana e a minha ideia era pôr por escrito, numa linguagem o mais simples e clara possível, todas as asneiras, todos os lapsos humilhantes, todas as situações embaraçosas, todos os disparates, todas as fraquezas e todos os actos verdadeiramente estúpidos que marcaram a minha longa e acidentada carreira como homem(…)”
As Loucuras de Brooklyn é considerado por diversos críticos como sendo o mais caloroso e exuberante romance de Paul Auster, um hino inesquecível às glórias e mistérios da vida comum.
Um livro com temáticas sérias, mas de leitura descontraída!

Leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A Concubina Russa





A Concubina Russa
De Kate Furnivall
Porto Editora, 2008
ISBN: 978-972-0-04167-8




Lydia e sua mãe Valentina refugiam-se em Junchow (cidade imaginária), na China, após a prisão de Jens quando fugiam da Rússia Bolchevique.
Sozinhas sobrevivem num meio profundamente hostil, numa sociedade onde a cultura ocidental e oriental se chocam permanentemente. Valentina profundamente abalada com a prisão de seu marido vive entre o álcool e a sua paixão pela música.
A coragem e a inteligência de Lydia levam-na a recorrer às formas mais audazes como o roubo e a mentira a fim de proporcionar à mãe, filha de aristocratas russos despojados das suas riquezas com a revolução comunista, algum conforto e a própria sobrevivência.
A China vive momentos de extrema instabilidade nesta fase pré-comunista com numerosas tríades chinesas que semeiam o terror, entre tráfico de ópio e ferozes lutas internas.
Lydia conhece Chang, que é pró - comunista, numa situação extremamente perigosa em que ele a salva de cair nas mãos de um dos mais terríveis grupos de tríades. Mais tarde é ela que lhe salva a vida e um grande amor nasce entre eles.
É este amor que desafia todas as convenções, um amor proibido entre pessoas com marcas civilizacionais absolutamente diferentes, que preenche o enredo deste livro.
Violência, terror, traição, mas também amor e amizade fazem deste romance um livro que vale a pena ler.

“Ela afastou com os dedos uma das madeixas do seu cabelo rebelde que se tinha soltado do chapéu e reparou na ligeira inspiração do desconhecido e na suavização dos cantos da boca deste enquanto a observava. Ele levantou a mão e ela ficou convencida de que estava prestes a tocar-lhe com os dedos nas chamas dos cabelos, mas, em vez disso, apontou para o velho que tinha rastejado para a sombra de uma entrada. A um canto desta estava um pote de barro negro, com a boca larga tapada por uma rolha do tamanho de um punho. Dobrado sobre si mesmo com a dor, o homem agarrou no pote e, com um grito de raiva que lhe levou saliva aos lábios, atirou-o ao chão para a frente de Lydia e do seu salvador.
Lydia deu um salto para trás quando o pote se desfez em cem pedaços e, depois, as suas pernas fraquejaram de medo quando viu o que tinha saído lá de dentro.
Uma serpente, negra de azeviche e com mais de um metro de comprimento. Bastaram alguns segundos para a criatura se arrastar cautelosamente na direcção de Lydia, com a cabeça bifurcada a sentir o medo dela no ar. Mas, de repente, a sua cabeça descreveu um arco largo e desapareceu ao dirigir-se a uma das fendas na parede. Lydia quase sufocou de alívio. Jamais esqueceria aqueles instantes.
Voltou a olhar para o jovem e ficou espantada ao ver que o rosto dele tinha ficado pálido e rígido. O olhar dele não incidia, porém, sobre a serpente. Estava fixo no velho diabo agachado à entrada, que os fitava com malícia e algo parecido com triunfo no olhar.
Sem baixar os olhos, o jovem chinês disse, com uma voz rápida e urgente:
- Tens de fugir.
Lydia fugiu."

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A propósito do Dia Internacional do Livro Infantil



Inês Sim-Sim no artigo “Sabe-se hoje o que é preciso fazer para formar bons leitores” publicado na revista Palavras nº 26 (Outono, 2004) refere-se à fonologia como uma prática essencial utilizada pelos professores, principalmente do pré-escolar e do primeiro ciclo, para desenvolver nos alunos a prática e o gosto pela leitura. A linguagem realiza-se através de palavras, sendo que a adaptação da oralidade à escrita é muito complexa e tem a ver com o código escrito, mas também com a capacidade de articular sons.

Por isso é tão importante a leitura de histórias às crianças desde a mais tenra idade. A leitura de uma história tem como objectivo transmitir sons que se transformam em palavras e em significados, mas também transmitir imagens mentais que a criança vai construindo à medida que ouve a história. Para que este objectivo se concretize é fundamental escolher com muito cuidado as histórias, tendo em conta que as palavras que as constituem devem ser ricas de conteúdo e harmoniosas e as frases devem ser bem construídas com as palavras mais adequadas.

Quando lemos um texto de Sophia de Mello Breyner Andresen às crianças mais pequenas, possivelmente elas não entendem os significados de todas as palavras, mas se a história for bem lida, o som das palavras é suficiente para lhes prender a atenção, para as fascinar.

Os sons, que se transformam em palavras, entram dentro da criança e ficam à espera do momento propício para germinarem. A criança que já ouviu muitas palavras e associou essas palavras a significados, quando precisar de exprimir uma ideia tem as palavras dentro de si, que nessa altura fazem o caminho contrário. A criança, no seu percurso de vida, vai utilizar essas palavras que ficaram gravadas na memória e utiliza-as para exprimir as imagens que a sua imaginação criou, ou os conhecimentos entretanto adquiridos.

Recorro a outro artigo de Inês Sim-Sim: “De que falamos quando falamos de leitura”, (1994), para continuar o meu raciocínio. A autora fala dos métodos do ensino da leitura nas escolas e sobre a leitura em si como processo de descodificação de símbolos e como apreensão de significados, relacionados com múltiplas variáveis, dentro e fora do contexto escolar:

“A leitura é uma tarefa difícil que as crianças desenvolvem com dificuldade. Os métodos de aprendizagem são fundamentais para que a criança aprenda com eficácia a mecânica da leitura e um desafio muito sério para o professor, que necessita adaptar estratégias adequadas ao desenvolvimento intelectual dos seus alunos. “

Seguindo o pensamento de Inês Sim-Sim, concluo que o ensino da leitura não pode ser ministrado mecanicamente. Ler é “um processo interactivo entre o sujeito leitor e o material escrito” (Sim-Sim:1994), este processo é complexo e é muito mais que o simples descodificar de signos, já que as palavras têm uma dimensão intelectual que ultrapassa os processos mecanicistas da aprendizagem.

A escola tem grande responsabilidade na aprendizagem da leitura, todavia ela é apenas uma parte do processo. Há factores sociais, económicos, culturais, que condicionam a aprendizagem, bem como as dificuldades de interpretação / compreensão do discurso narrativo ou do texto informativo. Esta realidade leva-me a reflectir sobre as causas que conduzem a esta dicotomia de desempenho que me parece ter também a ver com a vivência das crianças fora do contexto escolar. Uma vivência mais rica, contacto com palavras e ideias mais elaboradas na família ou no meio em que vive, contribuirão para o enriquecimento de representações mentais que se reflectirão no entendimento do texto.

A passagem da oralidade à palavra escrita, a criação do alfabeto, a adaptação dos sons aos caracteres alfabéticos leva à facilidade com que a maioria das crianças aprende a escrever e a ler. É um processo que decorre do percurso da humanidade, mas é também um fenómeno social fruto de uma civilização que cria dentro de si a necessidade de comunicar e de conservar memórias, passando da palavra à escrita, do sentido da palavra ao grafismo que a representa.

A escrita, como mecânica de articulação de signos que reproduzem sons, é a verdadeira revolução da história da humanidade, porque permitiu um desenvolvimento a nível intelectual determinante para o progresso das ideias e consequente afirmação do homem.

É, pois, esta ligação entre sons, escrita e sentidos ou significados que está na base de toda a problemática da leitura. Quando lemos, fazemo-lo porque conhecemos o código e dominamos o mecanismo da leitura atribuindo aos diversos sons a sua correspondência gráfica. Todavia saber ler e dominar o mecanismo da leitura não é suficiente para atingir a plenitude da leitura. Esta é atingida quando se transpõe a compreensão das ideias expressas no texto e se tocam os sentidos.
2 de Abril de 2009

Margarida Custódio Fróis

Hans Christian Andersen


No Dia Internacional do Livro Infantil também se assinala a data do nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Autor de contos para crianças e adultos, poeta e artista, dramaturgo, jornalista, romancista, critico, tradutor, narrador de viagens… nasceu a 2 de Abril de 1805, em Odense (Copenhaga). Filho de pai sapateiro e mãe lavadeira. Apesar das suas origens humildes, foram os pais, os primeiros, a incentivá-lo a escrever. Aprendeu desde muito cedo a ler e adorava ouvir as histórias que o seu pai lhe contava.
Aos 14 anos de idade, viajou para Copenhaga. Ai trabalhou como actor e bailarino e escrevia peças de teatro. Em 1828 entrou na Universidade de Copenhaga e já publicava diversos livros. Durante o ano de 1866 visita Portugal e a Lisboa associa o interesse pela literatura e estuda a biografia de Luís de Camões. Descreve entusiasmadamente os encantos da natureza da cidade de Setúbal, de Brancanes, de Palmela e da Arrábida. Ainda visitou Aveiro, Coimbra e Sintra. Escreve:

“Voará muitas vezes meu pensamento
Para o belo país que é Portugal”.


No final de 1872, Hans Christian adoece e permaneceu com a sua saúde fragilizada até ao dia 4 de Agosto de 1875, quando faleceu em Copenhaga.
Autor de vários contos infantis, poeta e escritor notabilizou-se pelos contos de fadas, pelos quais é internacionalmente conhecido. Autor de O Patinho Feio, A Princesa e a ervilha, O soldadinho de Chumbo, A roupa Nova do Rei entre tantos outros contos que deliciam os mais novos e encantam os mais velhos.
Com uma visão humana fantástica, escreveu mais de uma centena e meias de contos traduzidos em imensas línguas e escritos para serem lidos em voz alta, saboreados e adorados por todos que gostam de sonhar!

Foram os contos para crianças que conquistaram a imortalidade deste grande escritor e como afirma “Creio que me saíram bem. Compus alguns contos que me fizeram feliz em pequeno e que julgo não serem conhecidos. Escrevi-os completamente como se os contasse a uma criança.”

Dia Internacional do Livro Infantil

Dia 2 de Abril comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil. É uma iniciativa promovida pela IBBY (International Board on Books for Young People) e difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil), que todos os anos divulgam uma mensagem a todas as crianças do mundo, incentivando e promovendo a leitura. Este ano o autor e ilustrador da mensagem é Hani D. El-Masri, um ilustrador e profissional de Cinema que nasceu no Cairo, em 1951.


Eu sou o mundo
Eu sou o mundo e o mundo sou eu,
porque, com o meu livro,
posso ser tudo o que quiser.
Palavras e imagens, verso e prosa
levam-me a lugares a um tempo próximos e distantes.

Na terra dos sultões e do ouro,
há mil histórias a descobrir.
Tapetes voadores, lâmpadas mágicas,
génios, vampiros e Sindbades
contam os seus segredos a Xerazade.

Com cada palavra de cada página
viajo pelo tempo e pelo espaço
e, nas asas da fantasia,
o meu espírito atravessa terra e mar.

Quanto mais leio mais compreendo
que com o meu livro
estarei sempre
na melhor das companhias.

Hani D. El-Masri
Tradução: José António Gomes